“Sou Bianca Braga Nunes e sou componente da Ala das Baianas da Vila Isabel. Entrei como baiana na escola há oito anos e foi um presente muito bom porque a Vila me abraçou. Me sinto realmente parte dessa família, e todo mundo que chega as baianas integram. Eu me sinto em casa!
Minha primeira relação com o samba remonta à minha avó e minha bisavó, que eram passistas no Salgueiro. Escuto histórias do samba desde pequena, e sempre tive vontade de desfilar. Já cheguei a entrar em depressão, e o samba me salvou e resgatou. Quando ouço a bateria e visto minha roupa de baiana, os problemas ficam lá fora e, dentro da quadra, a gente só consegue respirar amor.
Minha primeira experiência de baiana foi na Unidos da Tijuca em 2011. Na época, eu passei mal e achei que nunca mais voltaria, mas, assim que começaram os ensaios e as escolhas de samba, eu estava na quadra novamente. Aí tentei desfilar em alas de comunidade, e não deu porque eu saía rodando. Eu sou baiana e amo ser baiana.
Na Vila Isabel, eu tenho um carinho, uma integração e um contato com a presidente. Elas são minhas amigas. Conseguimos sentar para conversar e tomar uma cerveja sempre. Naquilo que a gente precisa, temos um respaldo da escola. No dia do desfile, eu me apaixonei porque aqui você conta com todo um suporte do Departamento Feminino, o povo vem te montar, ajudar com chapéu. A Vila tem um diferencial. É uma mãe que me abraçou de verdade. Rodar está no sangue, é uma coisa natural, e espero ficar velhinha nessa caminhada logicamente na Vila.”