ENREDO
Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África
Presidente: Luizinho Guimarães
Presidente de honra: Martinho da Vila
Vice-Presidente: Iuri Cruz
Superintendente: Marcelo Astuto
Carnavalescos: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Autoria do Enredo: Gabriel Haddad, Leonardo Bora e Vinícius Natal
Diretor de Carnaval: Moisés Carvalho
Diretor de Barracão: Luiz Martins
Diretor Artístico: Fábio Costa
Diretor de Comunicação e Marketing: Pedro Teixeira
Comissão de Harmonia: Chico Branco, Diego Mendes, Joelma Veiga, Nanduco Vila e Yuri Maia
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane
Coreógrafo da Comissão de Frente: Alex Neoral e Marcio Jahú
Bateria: Mestre Macaco Branco
Rainha da Bateria: Sabrina Sato

O enredo que eu, a Unidos de Vila Isabel, sonhei e vou contar a vocês celebra as memórias e os percursos de “um homem do povo”, multiartista, sambista, inventor, embaixador, sonhador de uma nova-velha África, uma África que se abraça no coração do Rio de Janeiro. Os lugares e as gentes sonhados por ele reinventam ritos e ritmos – uma África imaginada, bordada em estamparias, pintada em poemas, telas e partituras.
Um reino desenhado a mão, com roupas vistosas e casas coloridas, onde as pessoas se reúnem para sambar, brincar, comer, jogar, gingar, fazer macumba! Um lugar que não é necessariamente “pequeno”, mas do tamanho do mundo: uma “África em miniatura”, múltipla, muitas “Pequenas Áfricas”, unidas e conjuntas, conectando centros e periferias, morros e roças, jongos e cateretês, frevos e capoeiras, caboclos e pretos-velhos.
Tudo é sonho, ao som dos tambores! Tudo vibra, nos estandartes que giram: Ranchos, Blocos, Cordões, Escolas de Samba. O “Afro-Rei-Pierrô” que brindou com Noel Rosa! O sambista mais elegante, a quem Drummond dedicou a pena – o mesmo autor de “Sonho de um Sonho”, poema que eu já cantei!
Sonhador que seguiu mundo afora, cruzando o azul-oceano, nas claras nuvens do sonho, tocar o Continente-Mãe. Eu fui contigo, meu Mano, em direção ao Primeiro Festival Mundial de Artes Negras, realizado em Dakar, no Senegal. E vou novamente agora, rumo ao próximo carnaval, na Marquês de Sapucaí, artéria da Praça Onze! “Nossa Escola de Samba”, o título do filme que levou o branco e o azul à África, é um canto quilombola e um convite ao sonho.
Pertencimento, reflexo. Venham sonhar comigo, sambistas de todas as partes! Venham sonhar conosco! Eu, a Vila, terra de Martinho e Noel, mistura de Boulevard e Morro, Macacos e Pau da Bandeira, sou também a terra de Lino, a terra do Ogã Alabê de Ciata, a terra de Heitor do Cavaco, a terra de Heitor dos Prazeres!
Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África! Axé, Evoé, Saravá!